Agulha Oficial contribui para manter a sanidade do rebanho de Mato Grosso do Sul

A vacinação oficial (agulha oficial) contra a febre aftosa é uma das estratégias para conter a doença e é realizada pelo Serviço Veterinário Oficial. No caso de Mato Grosso do Sul, a aplicação da vacina é de responsabilidade dos servidores da Iagro, como os fiscais estaduais agropecuários.

Essa vacinação é realizada em áreas ou propriedades consideradas de maior risco, como: aldeias indígenas, assentamentos rurais, periferias das cidades ou ainda em propriedades que tenham ficado inadimplentes com as etapas de vacinações anteriores.

Com a experiência na vacinação da agulha oficial, o fiscal estadual agropecuário Fernando Endrigo Ramos Garcia destaca que essa vacinação contribui para manter a sanidade do rebanho.

“É importante porque contribui para o aumento da imunidade coletiva, principalmente em áreas consideradas de maior risco, consequentemente diminui a transmissão da doença caso ela seja reintroduzida na região”, comenta.

Trabalho

A vacinação oficial é realizada durante toda a campanha de vacinação contra febre aftosa em Mato Grosso do Sul. De acordo com Fernando Endrigo Ramos Garcia, os planejamentos dos trabalhos começam, pelo menos, uns 20 dias antes do início da etapa e a execução da vacinação ocorre durante toda a campanha.

Nos últimos quatro anos, a quantidade de propriedades que tiveram a vacinação na modalidade agulha oficial é:

2018= 3.490 propriedades
2019= 3.146 propriedades
2020= 2.303 propriedades
2021= 2.594 propriedades

Agulha Oficial

A vacinação agulha oficial teve início juntamente com a criação da Primeira Campanha de
Vacinação Oficial contra a Febre Aftosa no Brasil, em 1963. Em MS, teve início juntamente com a criação da Iagro, em 1979.

Para o fiscal estadual agropecuário, tem um significado de dever cumprido fazer parte deste trabalho.

“Tem um significado de dever cumprido, de fazer a coisa certa. Vai além de simplesmente cumprir as metas determinadas, ainda mais nesse momento que estamos vivenciando, que é a de elevação do status sanitário no que diz respeito à febre aftosa. É fazer parte da história do combate e erradicação de uma doença de difícil controle e que causa tantos prejuízos no mundo todo”, ressalta.


Mato Grosso do Sul irá suspender a vacinação contra a febre aftosa a partir de 2023. A medida ocorrerá após a última etapa da imunização, a ser realizada em novembro de 2022.

Fim da vacinação

Além do estado sul-mato-grossense, a suspensão da vacinação contra febre aftosa também ocorrerá nos demais estados que integram o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA): Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins, além do Distrito Federal.

Ao todo, aproximadamente 113 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados, o que corresponde a quase 50% do rebanho total do país. A meta é que todo o território brasileiro seja considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.

O último foco de Febre Aftosa identificado no estado ocorreu no ano de 2006, e desde 2018 todo o território nacional é reconhecido internacionalmente como livre da febre aftosa (zonas com e sem vacinação).

Por: Assessoria de Comunicação do Sifems