Fiscais da Iagro realizam mais de 3,1 mil ações de fiscalização volante no primeiro semestre

Desde o início do ano, as equipes de fiscalização volante da Iagro realizaram 3.130 ações de fiscalização, com a abordagem de 1.072 veículos, em todo o Estado. Os dados são referentes ao período de 1º de janeiro a 22 de junho.

A fiscalização volante visa o controle do contrabando de animais dos países vizinhos (Paraguai e Bolívia), o controle do transporte de produtos e subprodutos de origem animal e vegetal e o esclarecimento à população sobre os riscos do trânsito irregular, por meio da Educação Sanitária.

“O objetivo é estabelecer um sistema de controle de trânsito de animais, produtos e subprodutos que garanta a não introdução e não circulação do vírus da febre aftosa no Estado, mantendo a ausência de circulação viral para a doença”, explica o chefe da Divisão de Trânsito Agropecuário da Iagro, Fiscal Estadual Agropecuário Marcelo Sebastião Marcondes de Sousa.

As equipes de fiscalização volante são compostas por dois servidores da Iagro, sendo um Fiscal Estadual Agropecuário (FEA) e um Auxiliar. Conforme a necessidade de algumas regiões, as ações contam com a presença de servidores da Polícia Militar no auxílio de abordagens e segurança da equipe. O auxílio da Polícia Militar está previsto no Termo de Cooperação entre a Iagro e a Secretaria de Segurança Pública (SEJUSP).

Centro de Controle e Operação

Para monitoramento das fiscalizações de trânsito de animais, produtos e subprodutos, foi criada uma sala denominada Centro de Controle e Operação (CCO), na Divisão de Trânsito Agropecuário, que é composta pelo Núcleo de Trânsito Animal, Núcleo de Trânsito Vegetal, e subordinada à Gerência de Controle e Operação.

“A CCO dispõe de um VideoWall, onde podemos monitorar a emissão de GTAs no estado, bem como a localização das equipes através dos veículos rastreados, para identificarmos a equipe mais próxima de qualquer evento sanitário, além de realizar a verificação de movimentações suspeitas pelas análises do BI”, explica Marcelo Sebastião.

Ainda conforme o chefe da Divisão de Trânsito Agropecuário da Iagro, todas as unidades de fiscalização volante serão concentradas na unidade Central da Iagro e terão suas atividades demandadas pelo Centro de Controle e Operação baseadas em análises de movimentação de trânsito e suas sazonalidades.

“As equipes atuais já estão saindo da Central com o dispositivo (Tablet) para utilização do APP e-Vigi@gro que já está em funcionamento com o módulo de fiscalização de trânsito e vem facilitando e aumentando as atividades no Estado”, informa o fiscal estadual agropecuário.

A Divisão de Trânsito Agropecuário dispõe de dados de análise de rede de trânsito, executado com um programa de Business Inteligence (BI), que analisa todos os dados de movimentações no sistema e-Saniagro, permitindo pontuar as movimentações suspeitas de irregularidades, bem como as propriedades Hubbies (propriedades com intensa movimentação animal), direcionando as fiscalizações volantes e as vigilâncias em estabelecimentos rurais consideradas como de maior risco sanitário.

“Nos locais sem a cobertura de internet pelas operadoras de celular, temos disponível uma Van, equipada com internet via Satélite, assim conseguimos realizar qualquer tipo de consulta e verificar autenticidade de documentos em tempo real”, destaca o chefe da Divisão de Trânsito Agropecuário da Iagro.

Infrações

Como resultado das ações de fiscalização volante, ocorrem apreensões de animais, produtos e subprodutos de origem animal sem origem. No primeiro semestre de 2022, as equipes da Iagro registraram 369 infrações no Estado.

“Todos os animais apreendidos, onde não foram identificados sua origem, ou de origem comprovadamente de um dos países vizinhos (Paraguai e Bolívia) são destinados ao abate sanitário, para evitar a possível disseminação de doenças, tendo os produtos resultados desse abate passando por todo os procedimentos previstos por legislação para a desativação de qualquer forma de disseminação de doenças”, afirma o chefe da Divisão de Trânsito Agropecuário da Iagro.

Marcelo Sebastião explica ainda que os produtos sem origem comprovada ou que não estiverem sendo transportados conforme legislação vigente, são destruídos, evitando desta maneira a disseminação de doenças e para que não apresentem risco sanitário para o consumo humano.

Nas regiões de fronteira com o Paraguai e a Bolívia, há um reforço da fiscalização por meio do Programa de Vigilância Sanitária Agropecuária de Fronteiras Lobo Guará, que abrange 13 municípios, situados em região de fronteira internacional, com alto risco sanitário.

“O incremento das fiscalizações nas regiões de fronteira coíbe desta forma as atividades de trânsito de animais, seus produtos e subprodutos irregulares, evitando assim a reintrodução de doenças como Febre Aftosa e a entrada de enfermidades ainda exóticas como a Peste Suína Africana, assegurando a condição Sanitária do Estado”, ressalta.

A medida segue as ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). A campanha de imunização do rebanho bovino sul-mato-grossense deste ano será a última antes da certificação das autoridades sanitárias nacionais e internacionais. Com a conclusão das ações do PNEFA, Mato Grosso do Sul terá status de área livre de febre aftosa sem vacinação, a partir de 2023.

Por: Assessoria de Comunicação do Sifems

Fotos: Divulgação dos Fiscais Agropecuários