Regionalização garante qualidade e eficiência do Serviço de Inspeção Estadual

As inspeções realizadas diariamente pelos fiscais estaduais agropecuários da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) são fundamentais para a saúde da população e para o controle de qualidade dos produtos sul-mato-grossenses.

No Serviço de Inspeção Estadual (SIE), são registradas 69 indústrias de Produtos de Origem Animal. São inspecionados abatedouros, laticínios, entrepostos de ovos e de mel, queijarias artesanais, indústrias de pescado, entre outros estabelecimentos.

“Todo produto inspecionado não só pelo SIE, como também pelas outras esferas que são o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e o Serviço de Inspeção Federal (SIF), passou por uma série de procedimentos e pela fiscalização de profissionais capacitados, com o objetivo de proporcionar um alimento seguro para a população”, explica a chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), Cristianne Maria Ximenes Nogueira Petrucci.

No caso dos Produtos de Origem Animal, as equipes de inspeção higiênico-sanitária são formadas por médicos veterinários. São realizadas inspeções periódicas e permanentes.

As inspeções periódicas são realizadas conforme a análise de risco de cada estabelecimento, podendo ser quinzenais, mensais, bimestrais ou trimestrais. “No caso dos estabelecimentos de abate, essa inspeção é permanente, ocorre todos os dias. Os fiscais agropecuários acompanham todo o processo desde a chegada do animal, abate, até a expedição desse produto final”, afirma a chefe do DIPOA.

O controle fiscal de análises laboratoriais dos produtos registrados no SIE também faz parte das atividades de fiscalização. De acordo com o risco do produto, é definida a periodicidade da análise. São feitas análises de alimentos como muçarela, mortadela, carnes, pescado e outros produtos de origem animal.

Regionalização

Esse trabalho foi reestruturado em 2016, com a regionalização da inspeção higiênico-sanitária. “Antigamente, quem fazia a inspeção era o fiscal lotado no município onde o estabelecimento ficava. Isso dificultava a substituição do servidor, em caso de ausência, como férias ou licença. Com a regionalização, a Iagro foi dividida em 11 regionais. Cada regional tem titulares e suplentes de acordo com a necessidade de cada uma”, explica Cristianne Petrucci.

Na avaliação da chefe do DIPOA, a mudança melhorou a qualidade e a eficiência do Serviço de Inspeção Estadual. “As inspeções periódicas são feitas pela equipe da regional e a inspeção permanente pelo fiscal lotado no município do estabelecimento. A substituição, a comunicação e o treinamento dos servidores foram otimizados, e temos profissionais focados e especializados neste tipo de serviço em cada região”, conta a chefe do DIPOA.

Periodicamente, são realizados treinamentos com os servidores pelas plataformas Escolagov, Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro) e Ena Virtual – Cidasc.

A atualização e o aprimoramento constante ocorrem devido à mudança nas normativas e procedimentos e para manter a qualidade do trabalho realizado pelos fiscais estaduais agropecuários.

“Sem essa fiscalização, há diversos riscos relacionados à saúde pública, matéria-prima proveniente de animais doentes e o consumidor não sabe, produção sem atendimento às normas higiênico-sanitárias provocando uma contaminação bacteriana, microbiológica. Nosso objetivo é evitar esse tipo de situação”, explica.

Comércio Clandestino

Uma das frentes de trabalho da inspeção é combater o comércio clandestino de produtos de origem animal. São realizadas diversas ações em parceria com o Ministério Público, Ministério da Agricultura, Delegacia do Consumidor e Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal.

Uma dessas ações foi realizada, em março, durante o Curso de Fiscalização em Produtos de Origem Animal Clandestinos. Fiscais estaduais agropecuários apreenderam mais de 9 toneladas de alimentos impróprios para consumo, nos municípios de Ivinhema, Nova Andradina e Batayporã.

Entre os produtos apreendidos estavam mel em um entreposto de mel clandestino, produtos de origem animal cárneos e lácteos impróprios para consumo e pescado apreendido em trânsito sem ter sido abatido em estabelecimento registrado.

Por: Assessoria de Comunicação do Sifems

Fotos: Equipes da Iagro